Assisti ontem ao filme “O Sorriso de Mona Lisa”, que é exatamente os EUA da década de 50 como apontas, e fiquei pensando nisso tudo. Teu texto caiu como uma luva.
Vejo os vídeos das tradwives no tiktok e fico hipnotizada. Por um lado, esses vídeos mega produzidos e editados me transmitem certa paz, como se a vida daquelas mulheres fosse tão ilídica e pacífica, tão diferente da minha vida corrida. Mas logo me lembro de que são vídeos mega produzidos e editados e, ainda que seja verdade parte do que elas estão mostrando ali, penso em tudo que tiveram que abrir mão pra viver aquela vida. Não é pra mim.
Regiane, é muito sedutor mesmo. Confesso que dá até uma pontinha de inveja. Eu queria muito fazer Pilates às 2h da tarde e assar bolo às 3h. Mas também não é pra mim uma vida que vem com preço tão alto. Curiosidade: teve uma influencer que postava que acordava cedo pra fazer as coisas de casa e montar a mesa para o café, mas um aparelho da cozinha (micro-ondas ou forno, algo assim) entregou que ela estava gravando ao meio-dia hahah. Sigamos com nossas vidinhas corridas.
Eu sou uma dessas donas de casa que ao ter que optar entre trabalhar fora e fazer o trabalho doméstico prefiro ficar só com o trabalho de casa. Além do fato de que não tenho com quem deixar a minha filha pra trabalhar. Mas eu sei que se meu marido morrer ou me deixar, será um grande choque e eu terei que me virar.
É bom ter essa consciência mesmo, Miss. Uma vez uma amiga me disse uma frase que não esqueci mais: a gente espera o melhor, mas se prepara para o pior. Admiro muito o trabalho doméstico, conheço donas de casa inspiradoras e sei que cuidar de uma criança é ainda mais desafiador. Parabéns pelo seu trabalho e pela sua consciência. E obrigada pelo comentário. ❤️
Esse assunto me dá náuseas, indignação e noção da alienação que as redes sociais trazem para pessoas que estão apenas seguindo o curso da multidão. Não são poucas as mulheres que falam para mim que queiram "só" serem esposas-troféu. Como estou numa fase de economizar energia e não fazer palestrinha, apenas observo, mas a revolta me preenche pq esse ideal da mulher-troféu feliz e realizada só é entregue para quem se mantém nesse nível de alienação a ponto de não achar nada errado nisso.
O texto é pertinente, meu desejo é que rode muito por aí.
Obrigada pelo seu comentário, Andrea. Também escuto isso por aí e acho que tem muito a ver com a nossa sobrecarga. Como você disse, as redes sociais não ajudam. É mais cômodo ver as pessoas felizes do que ir fundo no problema.
Miga, que reflexão necessária e super bem embasada! Eu acho que você toca no ponto principal: aquele machismo que tá enraizado e uma tentativa de replicar pensamentos e hábitos de, vai, 100 anos atrás? Adorei que você trouxe as imagens da Bretty Draper, que é uma personagem incrível no Mad Men e que representa muito bem essa submissão feminina em uma época em que tava tudo bem os homens terem amantes e só se dedicarem ao trabalho, e as mulheres manterem aquele pose de que aceitam tudo numa boa e manterem a casa sempre impecável.
Amigo, obrigada pelo comentário. Eu acho incrível a personagem, mas ela representa exatamente o ideal da esposa que parece feliz, mas por dentro tá só a tristeza. 🥲
Total, miga! Mas acho que o desenvolvimento e a forma como a Betty, a Peggy e Joan são trabalhadas ao longo da série acaba sendo tanto uma crítica sobre os valores da época, quanto uma forma de alerta. Quando vi a série láááá atrás, eu sentia muito isso. Tipo, a Peggy ter engravidado e achar que só tinha engordado foi uma experiência bizarra: primeiro, eu achei que era uma preguiça do roteiro; depois, eu fui entendendo tudo o que envolvia essa gravidez fora do casamento, o que ela tava buscando em termos de reconhecimento e por aí vai. Mad Men é uma ótima série que sabe desenvolver suas personagens femininas de uma forma que nenhuma outra fez.
Demais! Eu amo esse trio. No final, cada uma só está tentando sobreviver da melhor forma nesse mundo opressor. E ri quando você falou que achou "preguiça do roteiro" hahah. Acontece muito isso que aconteceu com a Peggy, ainda mais numa época que as mulheres eram recriminadas pelos próprios médicos ao tentarem utilizar algum método contraceptivo.
Essa semana fui a missa de sétimo dia do meu tio e fiquei muito incomodada com o padre falando sobre deus ser pai... Nas descrição dele se assemelha muito mais a uma mãe rsrsrsrrsrss por essas outras que nenhuma religião me veste. Um beijo e obrigada pela menção! 🌻
Assisti ontem ao filme “O Sorriso de Mona Lisa”, que é exatamente os EUA da década de 50 como apontas, e fiquei pensando nisso tudo. Teu texto caiu como uma luva.
Gabriele, ainda não assisti, mas agora fiquei com vontade. Obrigada pelo comentário. :)
Vejo os vídeos das tradwives no tiktok e fico hipnotizada. Por um lado, esses vídeos mega produzidos e editados me transmitem certa paz, como se a vida daquelas mulheres fosse tão ilídica e pacífica, tão diferente da minha vida corrida. Mas logo me lembro de que são vídeos mega produzidos e editados e, ainda que seja verdade parte do que elas estão mostrando ali, penso em tudo que tiveram que abrir mão pra viver aquela vida. Não é pra mim.
Regiane, é muito sedutor mesmo. Confesso que dá até uma pontinha de inveja. Eu queria muito fazer Pilates às 2h da tarde e assar bolo às 3h. Mas também não é pra mim uma vida que vem com preço tão alto. Curiosidade: teve uma influencer que postava que acordava cedo pra fazer as coisas de casa e montar a mesa para o café, mas um aparelho da cozinha (micro-ondas ou forno, algo assim) entregou que ela estava gravando ao meio-dia hahah. Sigamos com nossas vidinhas corridas.
E que lembremos umas às outras que somos amáveis, como fez esse texto. 💜
🩵🩵
Eu sou uma dessas donas de casa que ao ter que optar entre trabalhar fora e fazer o trabalho doméstico prefiro ficar só com o trabalho de casa. Além do fato de que não tenho com quem deixar a minha filha pra trabalhar. Mas eu sei que se meu marido morrer ou me deixar, será um grande choque e eu terei que me virar.
É bom ter essa consciência mesmo, Miss. Uma vez uma amiga me disse uma frase que não esqueci mais: a gente espera o melhor, mas se prepara para o pior. Admiro muito o trabalho doméstico, conheço donas de casa inspiradoras e sei que cuidar de uma criança é ainda mais desafiador. Parabéns pelo seu trabalho e pela sua consciência. E obrigada pelo comentário. ❤️
Não tenho muito a contribuir, mas adorei a news!
Seu comentário já contribuiu para o meu dia, Carolina. Obrigada! 💛
:)
Esse assunto me dá náuseas, indignação e noção da alienação que as redes sociais trazem para pessoas que estão apenas seguindo o curso da multidão. Não são poucas as mulheres que falam para mim que queiram "só" serem esposas-troféu. Como estou numa fase de economizar energia e não fazer palestrinha, apenas observo, mas a revolta me preenche pq esse ideal da mulher-troféu feliz e realizada só é entregue para quem se mantém nesse nível de alienação a ponto de não achar nada errado nisso.
O texto é pertinente, meu desejo é que rode muito por aí.
Obrigada pelo seu comentário, Andrea. Também escuto isso por aí e acho que tem muito a ver com a nossa sobrecarga. Como você disse, as redes sociais não ajudam. É mais cômodo ver as pessoas felizes do que ir fundo no problema.
Esposa-troféu, diga-se de passagem, é um desserviço para as mulheres. Pronto, desabafei 🫣
nada é mais perigoso do que não ter autonomia.
Exatamente! Deus me livre!
Miga, que reflexão necessária e super bem embasada! Eu acho que você toca no ponto principal: aquele machismo que tá enraizado e uma tentativa de replicar pensamentos e hábitos de, vai, 100 anos atrás? Adorei que você trouxe as imagens da Bretty Draper, que é uma personagem incrível no Mad Men e que representa muito bem essa submissão feminina em uma época em que tava tudo bem os homens terem amantes e só se dedicarem ao trabalho, e as mulheres manterem aquele pose de que aceitam tudo numa boa e manterem a casa sempre impecável.
Amigo, obrigada pelo comentário. Eu acho incrível a personagem, mas ela representa exatamente o ideal da esposa que parece feliz, mas por dentro tá só a tristeza. 🥲
Total, miga! Mas acho que o desenvolvimento e a forma como a Betty, a Peggy e Joan são trabalhadas ao longo da série acaba sendo tanto uma crítica sobre os valores da época, quanto uma forma de alerta. Quando vi a série láááá atrás, eu sentia muito isso. Tipo, a Peggy ter engravidado e achar que só tinha engordado foi uma experiência bizarra: primeiro, eu achei que era uma preguiça do roteiro; depois, eu fui entendendo tudo o que envolvia essa gravidez fora do casamento, o que ela tava buscando em termos de reconhecimento e por aí vai. Mad Men é uma ótima série que sabe desenvolver suas personagens femininas de uma forma que nenhuma outra fez.
Demais! Eu amo esse trio. No final, cada uma só está tentando sobreviver da melhor forma nesse mundo opressor. E ri quando você falou que achou "preguiça do roteiro" hahah. Acontece muito isso que aconteceu com a Peggy, ainda mais numa época que as mulheres eram recriminadas pelos próprios médicos ao tentarem utilizar algum método contraceptivo.
Adorei a edição, Ângela.
Essa semana fui a missa de sétimo dia do meu tio e fiquei muito incomodada com o padre falando sobre deus ser pai... Nas descrição dele se assemelha muito mais a uma mãe rsrsrsrrsrss por essas outras que nenhuma religião me veste. Um beijo e obrigada pela menção! 🌻
Entendo bem o seu pensamento. Imagino que pareça muito mais com a mãe mesmo, rs. Tô mandando um abraço virtual pra você neste momento. 🩵
Obrigada, Angela! 🌻